quinta-feira, 18 de outubro de 2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
No Dia do Professor, conheça 10 filmes sobre a difícil arte de ensinar
Neste Dia do Professor, o Espaço Educare não poderia deixar de dar o ar da graça, não é mesmo?!... rs.
Hoje, com uma dica um pouco convencional, mas que vale a pena...
Sempre gostei de filmes que tratam o tema educação, exceto aqueles que tem uma abordagem mais romântica e quase nada se assemelham à realidade que nós, educadores, vivenciamos em sala de aula.
O trabalho é arduo - todos sabemos - e os resultados nem sempre vem no ritmo que gostaríamos. Algumas mudanças só ocorrem depois de muitos anos que aquele aluno passou seus dias letivos com a gente... Mas a semente foi plantada e, um dia... floresce!!!!
O trabalho é arduo - todos sabemos - e os resultados nem sempre vem no ritmo que gostaríamos. Algumas mudanças só ocorrem depois de muitos anos que aquele aluno passou seus dias letivos com a gente... Mas a semente foi plantada e, um dia... floresce!!!!
Esta lista de filmes que vi no Estadão caracteriza bem esta linha que gosto, particularmente, nestes filmes: a verdade nua e crua. Alguns filmes à prova de "água com açúcar", outros nem tanto...
Às vezes a realidade choca, mas também nos leva a refletir sobre a nossa profissão, nossa missão e com quem trabalhamos: seres humanos, com infinitas situações, contextos e dificuldades.
Professor trabalha...e MUITO! Mas quem disse que seria fácil?
Não é fácil, e nem deveria ser. Formar um ser humano para um bem comum, para um mundo melhor, com valores, ética e responsabilidade, não é tarefa para qualquer um...
É por isso que continuamos a lutar, apesar das enormes tarefas e responsabilidades que carregamos diariamente: a concretização de um ideal.
E tenho certeza que a maioria dos colegas de profissão que conheço sonham com um ideal: esse é o combustível para continuarmos a jornada, com inspiração e persistência.
Hoje recebi de presente esta frase, de uma mãe de uma paciente da clínica de Psicopedagogia em que trabalho...
" Todo
conhecimento começa com o sonho. O sonho nada mais é que a aventura
pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que
não se ensina, brota das profundezas do corpo, como a alegria brota das
profundezas da terra. Como mestre só posso então lhes dizer uma coisa:
contem-me os seus sonhos para que sonhemos juntos."
Lindo, não é mesmo?
=)
Feliz dia do Professor, caros amigos... e boa leitura!!!!
**** **** ****
Na periferia de Paris, de São Paulo ou de cidades norte-americanas,
professores enfrentam alunos desmotivados e tentam mudar suas histórias
De colégios internos a escolas da periferia, eles lidam com realidades
distintas. Mestres da virtude em outros tempos, professores acuados
dentro da própria sala de aula, hoje em dia. Seus alunos chegam
carregados de esperança ou, em inúmeras vezes, de problemas, e acabam
por despertar-lhes o interesse bem além da sala de aula.
No
Dia do Professor, conheça alguns exemplos de educadores que persistiram
superando obstáculos com um único intuito: formar cidadãos melhores.
Com métodos tradicionais ou pouco ortodoxos, esse professores fizeram
história nas telas - e também na vida, uma vez que alguns dos longas a
seguir são baseados em fatos reais.
Ao Mestre com Carinho
(de James Clavell, 1967)
Desempregado, o engenheiro Mark Thackeray (Sidney Poitier) acaba por
lecionar em uma escola no East Wend de Londres formada por alunos pobres
e sem disciplina. O professor sofre um bocado na mão deles, mas, aos
poucos, consegue impor respeito e ganhar a amizade dos estudantes. A
canção que leva o nome original do filme, To Sir with Love, da
cantora Lulu (que também participa do longa), ficou por cinco semanas no
topo da parada norte-americana. Um clássico das sessões vespertinas da
TV.
Primavera de uma Solteirona
(de Ronald Neame, 1969)
Na Edimburgo dos anos 1930, a professora Jim Brodie (Maggie Smith)
ignora o currículo escolar de um colégio para garotas e ensina suas
pupilas sobre o que acredita prepará-las para a vida, como o amor e a
arte. Uma das moças, no entanto, a trai e a própria educadora acaba por
aprender uma lição da vida. O filme deu a Maggie Smith o Oscar de melhor
atriz.
Sociedade dos Poetas Mortos
(de Peter Weir, 1989)
O australiano Peter Weir dirige esse drama sobre um professor, John
Keating (Robin Williams), que instiga seus alunos a aproveitarem a vida
da melhor forma possível, transformando suas vidas por meio da poesia. O
longa ajudou a popularizar o provérbio 'carpe diem' (do latim,
'aproveitem o dia'). Filme que revelou três atores que interpretam os
pupilos de Keating: Ethan Hawke, Robert Sean Leonard e Josh Charles.
Mentes Perigosas
(de John N. Smith, 1995)
Michelle Pfeiffer interpreta a professora Louanne Johnson que, após
ser hostilizada pelos alunos de uma escola na periferia, aposta em
métodos pouco convencionais, como o karatê, para ensiná-los. O longa,
baseado em uma história real, ficou famoso pela canção Gangsta’s Paradise, do rapper Coolio.
Ser e Ter
(de Nicolas Philibert, 2002)
O documentário de Nicolas Philibert acompanha a rotina de um dedicado
professor, George Lopez, no interior da França. Crianças entre 4 e 11
anos dividem a mesma sala de aula do Ensino Fundamental e aprendem a
ler, escrever e se relacionar. Indicado a vários prêmios, como o César,
(o Oscar francês), o longa tem sido estudado e mostrado em escolas de
várias partes do mundo.
Half Nelson
(de Ryan Fleck, 2006)
Numa escola do Brooklyn, Nova York, frequentada majoritariamente por
alunos negros e latinos, o professor Dan Dunne (Ryan Gosling) ensina
História e é técnico do time de basquete feminino. Dunne, que é viciado
em drogas, deixa a disciplina de lado e se concentra em discutir
filosofia e dialética com os estudantes. O filme centra-se em sua
relação com Drew (Shareeka Epps), uma aluna de 13 anos frustrada com a
vida que leva. Gosling recebeu uma indicação ao Oscar de melhor ator.
Pro Dia Nascer Feliz
(de João Jardim, 2006)
Enquanto nos colégios de classe alta de São Paulo, jovens sentem a
pressão dos últimos exames do ano, no grande Rio, interior de Pernambuco
ou na periferia paulista, alunos professores desmotivados faltam às
aulas, escolas enfrentam situações precárias e alunos transformam o
ambiente escolar no único compromisso social que têm na semana. Neste
documentário angustiante, João Jardim ajuda a traçar um retrato obre a
situação escolar do país.
A Onda
(de Dennis Gansel, 2008)
O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) propõe uma experiência a
seus alunos para demonstrar como seria a vida em um governo totalitário.
Entusiasmados, os alunos e o mestre formam um grupo, chamado de "A
Onda". O experimento, no entanto, toma proporções mais sérias e foge ao
controle de Wenger. O longa é baseado em uma história verídica que
aconteceu em um colégio em Palo Alto, Califórnia, em 1967.
Entre os Muros da Escola
(de Laurent Cantet, 2008)
A exclusão social e a relação entre professor e aluno são temas deste
longa que se passa numa área pobre nos arredores de Paris. O
protagonista é vivido por François Bégaudeau, que ajudou a adaptar seu
livro que continha experiências suas como educador nas sala de aula.
Impactante, o longa recebeu inúmeros prêmios, como a Palma de Ouro no
Festival de Cannes e a indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Preciosa
(de Lee Daniels, 2009)
Pobre, grávida pela segunda vez de um filho do próprio pai e vivendo
com a mãe que a agride, Claireece Jones, ou simplesmente Precious
(Gabourey Sidibe), trilhava um caminho inescapável para a infelicidade.
Em sua trajetória surge, entretanto, a professora Ms. Rain (Paula
Patton) que, lecionando para garotas 'fora da curva', faz com que
Precious descubra sua auto-estima e lute por um novo recomeço de sua
vida. O longa, baseado em fatos reais, conquistou seis indicações ao
Oscar e levou dois prêmios: melhor roteiro adaptado e melhor atriz
coadjuvante para Mo'Nique, a intérprete da detestável mãe da
protagonista.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Crianças aprendem e pensam como cientistas
Vejam esta matéria que li nesta semana!!!
Boa leitura!!!
Bjos a todos =)
Vários estudos demonstram que, já em idade pré-escolar, elas são capazes de tirar conclusões com base em métodos estatísticos e por meio de observações e experimentação individual
Crianças em idade pré-escolar são capazes de tirar conclusões com
base em análises estatísticas. Elas também aprendem por experimentos
individuais e observação dos colegas. Essas são as características que
levaram a pesquisadora Alison Gopnik, do Departamento de Psicologia da
Universidade da Califórnia em Berkeley, a concluir que os pequenos têm
uma maneira de pensar e aprender muito similar à dos cientistas.
A constatação - que enfatiza a importância das experiências vividas
pelas crianças de até 6 anos - pode ter implicações na maneira como se
estrutura o ensino infantil. Para se chegar a esse resultado, publicado
na última edição da revista Science, Alison fez uma revisão de dezenas de pesquisas anteriores que avaliaram os mecanismos de pensamento das crianças pequenas.
Ela defende que as crianças, mais do que os adultos, são
capazes de propor teorias incomuns para resolver problemas. “Esse tipo
de pensamento hipotético reflete sobre o que poderia acontecer, e não
sobre o que realmente aconteceu. E esse é um tipo de pensamento muito
poderoso que usamos na ciência”, diz Alison. Ela completa que a própria
brincadeira de faz de conta, aquela atividade espontânea em que as
crianças costumam se engajar, é “uma reflexão sobre esse raciocínio e
compreensão profundos”.
Mas, como é possível saber que crianças pequenas ou até bebês
- que ainda nem têm a fala desenvolvida - tenham a capacidade de fazer
análises estatísticas? A resposta vem de experimentos recentes que têm
testado a capacidade reflexiva de crianças cada vez mais novas.
Em um deles, por exemplo, bebês de 8 meses mostram-se
surpresos quando o pesquisador retira de uma caixa cheia de bolas
brancas, contendo apenas algumas bolas vermelhas, uma amostra com a
maioria de vermelhas e poucas brancas. Alison observa em seu artigo que é
como se os bebês dissessem: “Aha! A probabilidade de isso ter ocorrido
por acaso é menor que 0,05”.
Uma das pesquisadoras que atualmente se dedica a essa
abordagem é a psicóloga Fei Xu, do Laboratório de Cognição e Linguagem
Infantis da Universidade da Califórnia em Berkeley. “Em situações da
vida real, estamos sempre em situações de incerteza. Então temos de
pensar qual é a probabilidade de algo acontecer”, explica a cientista.
“Queremos saber se os bebês têm essa habilidade de raciocínio mesmo
antes do aprendizado da linguagem.”
Outras experiências citadas por Alison foram bem sucedidas em
demonstrar que crianças também aprendem com suas experimentações
individuais, que surgem em meio às brincadeiras, e ainda observando seus
colegas. Os mesmos procedimentos utilizados pelos cientistas.
Nova visão. No passado, o entendimento sobre
o raciocínio das crianças pequenas era de que elas eram seres ilógicos e
só concebiam o aqui e o agora. Hoje, as escolas levam em conta sua
capacidade de experimentação. Segundo a psicopedagoga Quézia Bombonato,
presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, existe a
construção do conhecimento e não a simples transmissão de informação.
“É o ato de fazer que, do ponto de vista neurológico, faz com
que o conhecimento saia do sistema límbico, de memória a curto prazo, e
vá para o córtex, que corresponde à aprendizagem efetiva.”
A educadora Priscila Cantieri, coordenadora de Educação
Infantil da Escola Santi, observa que a visão da infância hoje é muito
diferente da que se via algumas décadas atrás. “Acreditava-se que a
criança era uma tábula rasa e que a gente tinha que transmitir todo o
conhecimento para ela”, diz. “Hoje, a escola sempre inicia o conteúdo
descobrindo o que as crianças pensam sobre o tema.”
Para a educadora Roberta Bastos Ganan, do Colégio Humboldt, a
capacidade de aprender com os colegas também é valorizada nas aulas.
“Criamos pequenos grupos para discutir determinado assunto, em que cada
um expõe sua opinião e busca chegar a algum conceito.”
Para Alison, deve-se considerar que crianças em idade
pré-escolar são cientistas naturais, para ajudá-los a entender os
princípios da ciência formal. “A própria ciência pode ajudar a
transformar a curiosidade e o brilho naturais da criança em melhor
ensino e aprendizado.”
O educador Silvio Barini Pinto, diretor do Colégio São
Domingos, faz um contraponto a essa ideia. “Ao trazer o método
científico para a pauta da educação de crianças, penso que se promove
uma precipitação que pode embotar as experiências sensíveis, tão
relevantes no desenvolvimento psicossocial.”
Aos 4 anos, alunos exploram nascente de rio em São Paulo
No Colégio Santa Maria, as crianças são apresentadas ao mundo
da pesquisa cedo: aos 4 anos, já exploraram a natureza como cientistas.
Munidos de lupa e prancheta, saem em busca de dados em um passeio pelo
bosque e em uma visita à nascente de um rio no terreno da escola.
A professora de ensino infantil Eliane Lima, docente há 22
anos, diz que antigamente havia a impressão de que a criança pequena não
tinha capacidade cognitiva de aprender. “Os estudos avançaram e
concluiu-se que as crianças têm um potencial muito grande. Elas têm
teorias provisórias acerca dos temas que entram em choque com a teoria
dos amigos. Elas tabulam essas informações e selecionam o que é efetivo.
Assim constroem seu saber.”
Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,criancas-aprendem-e-pensam-como-cientistas,938414,0.htm
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